quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O que você pensa que eu penso

Chame alguém para brincar.
Se for uma criança, melhor, ela vai compreender rápido a idéia.
Um de frente pro outro, boca fechada, olhos nos olhos.
Aí, um começa e pergunta: o que você pensa que eu penso?
E começa a fazer sons (não pode falar, hein!) e gestos que traduzam o que quer comunicar para a outra pessoa.
Mas o melhor da brincadeira é tentar traduzir a primeira coisa que vier à cabeça, mesmo que ache "maluco"...
Quanto mais espontânea for a mensagem, mas engraçado é a brincadeira.
O outro vai dizendo, inventando, traduzindo do jeito que lhe vier à mente o sentido dos seus sons e gestos.
Se apenas uma palavra for dita que corresponda ao que você queria, ótimo! Dê-se por satisfeito e sorria.
A brincadeira está indo muito bem.
Agora é sua vez de adivinhar.
Dê sua atenção inteira ao outro e seu poder imenso de imaginar. Dê toda a sua criatividade em inventar coisas e em decodificar os gestos e sons que o outro mostra.
Ria do seu não saber. Ria da doidice que é se comunicar baseada em adivinhação, gestuais e sons.
Mas,  quanto mais repetir essa brincadeira, vai perceber que, no cotidiano, você fica mais afinado com os símbolos da vida, que na maioria das vezes, não nos vêm pelas palavras.
Ou são até mesmo escondidos por elas.

As crianças vão amar, mais que tudo, ficar perto de você, e ver que se esforça para compreender seu mundo fantástico e sua fantástica imaginação. E se sentirão tão acarinhadas com sua presença atenta, que essa brincadeira perdurará em sua memória profunda para sempre.
A mensagem que guardamos quando estamos próximos de quem amamos e quando damos e recebemos atenção é:
Sou amado e posso amar, mesmo que seja bem difícil traduzir isso em palavras e gestos.

Vamos brincar pessoal!